No concreto das palavras reside o poder,
no formato encontro o prazer.
Poema concreto, arte essencial,
onde a linguagem segue um rumo excepcional.
Letras dispostas em geometria,
criam figuras em sinfonia.
Espaço e tempo, em sua dança eterna,
o verso se eleva, torna-se moderna.
Um quebra-cabeça de letras e sons,
onde o significado fica suspenso, não mais convém.
O ritmo se torna arquitetura,
e a métrica é a regra que assegura.
Uma dança de palavras no papel,
onde a mensagem vai além da pele.
O poema concreto, de formas audaciosas,
é um convite para explorar os espaços.
Palavras em preto e branco,
desenham traços sem descanso.
A poesia se torna tangível,
e o leitor, diante dela, é vulnerável.
Em cada linha uma imagem se desdobra,
como uma tela em branco que se dobra.
O poema concreto, arte transcendental,
onde a palavra se torna experimental.
Na concretização encontra-se a essência,
a poesia se liberta da aparência.
O poema concreto, universo de ideias,
onde a palavra se torna pioneira.